Desejos
- Por Completamente
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- 20 fev., 2020
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O iniciar de um novo ano incita à reflexão acerca do que passou e do que virá. Esta análise pode adotar um formato mais otimista ou mais pessimista, dependendo de fatores internos e externos à pessoa, no entanto, e independentemente dos objetivos que não foram cumpridos e das metas que não foram alcançadas, importa olhar para os dias de vivências e partilhas que muitas vezes não recebem a análise devida. Importa também refletir acerca dos objetivos anteriormente definidos e tentar perceber quais foram os obstáculos que impediram que se concretizassem. Há que reformular e ajustar se necessário, mas acima de tudo que ir redefinindo prioridades e caminhos saudáveis a percorrer, não só no início de cada ano mas, também, em todo e qualquer virar de ciclo. Se não soubermos onde queremos chegar, dificilmente traçaremos um percurso que nos leve lá.
Junto das crianças importa que se estimule o desejo sim, mas não o desejo de posse. Que seja antes um desejo de novas vivências, de novos momentos de partilha e convívio que por vezes hoje não são valorizados devidamente.
Incutir nas crianças e jovens objetivos a alcançar é potenciador do desenvolvimento de futuros adultos investidos, motivados e capazes. No entanto, é com base na vivência da relação e no convívio que serão adultos efetivamente mais saudáveis e completos.
Texto por Flávia Cunha, Psicóloga Clínica.